Foi soltada nas redes sociais neste sábado (09/01) uma denúncia que preocupou os belmontenses. Estamos falando do suposto abandono sofrido pelos Agentes de Combate às Endemias, do abandono sofrido pelo Programa de Controle à Esquistossomose e do Programa Municipal de Combate à Dengue. De posse das informações, nossa equipe procurou alguns Agentes de Endemias que negaram a denúncia. Nós também procuramos a Coordenação dos Programas de Endemias, Tuberculose e Hanseníase que nos enviou a seguinte Nota de Esclarecimento reproduzida na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria Municipal de Saúde, através da Superintendência de Vigilância Epidemiológica – Coordenação dos Programas de Endemias vem a público prestar os devidos esclarecimentos pertinentes aos textos veiculados em redes sociais no dia 09/01/2016.
O município de Belmonte conta com 26 Agentes de Combate às Endemias, distribuídos em dois programas: o PMCD – Programa Municipal de Controle da Dengue – e o PCE – Programa de Controle da Esquistossomose. Os programas de endemias abrangem todo o território municipal tendo o mínimo de 01 Agente em cada Unidade de Saúde. No ano de 2015, 18 Agentes de Combates a Endemias estavam à disposição do Programa Municipal de Combate à Dengue, devido aos grandes índices de infestação predial e as estratégias de bloqueio evitando uma epidemia de dengue no município; 05 Agentes estavam lotados no Laboratório Prático e apenas 03 diretamente lotados na equipe volante do Programa de Controle da Esquistossomose, sendo 01 supervisor e 02 visitadores.
Sabendo que o combate ao Aedes Aegypti é de extrema importância, para evitar o aparecimento de casos de Dengue, Chikungunya e o Virus da ZIKA, que pode causar a microcefalia e a Síndrome Guillain Barre, a Coordenação de Endemias pleiteou junto ao Estado, através do Plano de Contingência para o Enfrentamento da Dengue e Chikungunya, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), que, após avaliação do projeto, teve esse valor liberado para ser aplicado no Programa Municipal de Combate à Dengue para a aquisição de materiais pertinentes ao controle ou eliminação do Aedes Aegypti, especificamente as bolsas de lona, pipetas, lanternas, picadeiras e demais materiais que compõem o material de trabalho do agente de campo para a eliminação do Aedes na forma larvária, além da aquisição de uma bomba nebulizadora espacial para as ações de bloqueio do mosquito na forma adulta, tudo isso previsto no projeto.
O Programa de Controle da Esquistossomose, por sua vez, é um programa custeado pelo município não tendo aportes Federais ou Estaduais. As ações prioritárias do Programa de Controle da Esquistossomose são voltadas a Atenção Básica e a Assistência Farmacêutica onde em nenhum momento houve interrupção dos processos de trabalho sendo diagnosticados e tratados 23 pacientes/mês em média e 150 comprimidos/mês de Praziquantel, medicamento especifico para o tratamento de esquistossomose distribuído pela Farmácia Básica. As ações dos Agentes de Endemias foram suspensas pelo quantitativo de agentes para realização do trabalho, demissões por redução de recursos, férias e realocação de agentes por motivos de saúde, sendo o principal motivo à redução dos recursos próprios do município, e os repasses federais e estaduais.
Além disso, foi realizado o remanejamento de 02 Agentes de Campo do Programa de Controle da Esquistossomose para o Programa de Combate à Dengue na realização de Bloqueios nos casos positivos de Dengue para a eliminação de Aedes na forma alada durante 6 meses, de Maio/2015 a Outubro/2015.
É do conhecimento de todos os Agentes de Combate às Endemias lotados no Programa de Controle da Esquistossomose que o programa retomará as atividades na próxima segunda-feira, 11 de janeiro, contando com os materiais básicos para a realização do inquérito coproscópico como: coletores, materiais de limpeza e higienização, tendo a disposição 07 Agentes de Combate à Endemias para a retomada dos trabalhos – essa data foi firmada em reunião no dia 05 de janeiro do ano corrente.
A informação veiculada pelas mídias sociais não corresponde ao posicionamento institucional e não se aproxima dos ideais e responsabilidades da Coordenação dos Programas de Endemias, tampouco da Secretaria de Saúde. Ao contrário, os Agentes de Combate às Endemias, estes são realmente guerreiros que têm desenvolvido indispensáveis trabalhos no combate e eliminação do Aedes Aegypti, esquistossomose e outros vetores, além da orientação e promoção de ações voltadas à educação em saúde, destacando campanhas de conscientização, palestras e a cooperação das Secretarias de Infraestrutura e Administração. A manifestação desse anônimo pode ser tida como expressão de sua opinião e sem qualquer relação com a Instituição ou os demais Agentes de Combate às Endemias, que só vem colaborando para a melhoria do processo de trabalho.
Belmonte, 09 de janeiro de 2016.
Equipe Técnica dos Programas de Endemias.
Coordenação dos Programas de Endemias, Tuberculose e Hanseníase.
Superintendência de Vigilância Epidemiológica.
Secretaria Municipal de Saúde de Belmonte.