No dia 06 e 07 de maio de 2015, a Comunidade Indígena Tupinambá Patiburi,no município de Belmonte, no Extremo Sul da Bahia, se deparou com incêndios criminosos de casas na aldeia. No dia 06, por volta das nove horas da manhã, a casa da senhora Gleide Reis, 32 anos, onde residia com três filhos, sendo uma grávida, foi incendiada, quando a família chegou no local toda a casa já estava queimada, junto com todos os pertences da família.
No momento do incêndio, todos se encontravam na colheita do cacau, menos as crianças que já haviam saído para a escola. No dia 07, também por volta das nove horas da manhã, a casa da senhora Erotildes Silva, de 57 anos, foi incendiada, na casa residiam 03 pessoas, quando a fumaça foi vista pelos membros da família que estavam na roça, quando chegaram fogo já tinha consumido todos os pertence.
As duas casas queimadas eram próximas da entrada da aldeia, ficando um pouco afastadas do centro comunitário. Durante o período da colheita do cacau, todos os membros da comunidade trabalham na lavoura, ficando na aldeia somente duas ou três pessoas, que precisam cuidar de filhos pequenos. Nesta segunda feira (11/05/2015), dois homens desconhecidos foram avistados nas proximidades de outra residência indígena, depois da mobilização da comunidade se embrearam nos matos. A Comunidade Tupinambá Patiburi, está sofrendo retaliações de marginais, principalmente após a publicação de Estudo Antropológico de Delimitação do Território Tupinambá de Belmonte, além de aterrorizar as famílias com ameaças de morte, a maioria anônimas. Equipe da FUNAI e da Polícia Federal, realizaram diligência no local para as providências e investigações cabíveis.
Fotos e Imagens: Jornal de Belmonte