A partir desta sexta-feira (19/02), ficará restrita a circulação de pessoas nas ruas e o funcionamento de serviços não essenciais após as 22h em grande parte da Bahia, exceto nas regiões oeste, de Irecê e de Jacobina, que apresentam os três menores índices de ocupação de leitos de UTI para Covid-19. O anúncio foi feito pelo governador Rui Costa, nesta terça-feira (16/02), em mais uma reunião com membros da União dos Municípios da Bahia (UPB), prefeitos e técnicos das secretarias estaduais da Educação e da Saúde.
A restrição compreenderá o período das 22h às 5h. “O decreto que será publicado nesta quarta-feira (17/02) irá valer por sete dias e proíbe atividades comerciais não essenciais. É uma medida que precisamos tomar para conter as taxas de contágios e o número de casos ativos que hoje ultrapassam 15 mil. É uma forma de conter o avanço desse número alarmante que, se continuar crescendo, irá levar ao total colapso do sistema de saúde”, declarou o governador.
Rui afirmou ainda que, para a volta às aulas, três critérios precisam ser obedecidos: a redução do número de casos ativos, a diminuição do número de óbitos e a queda das taxas de ocupação de leitos. “Definimos que esses critérios são os requisitos mínimos necessários para que possamos ter um retorno sem colocar em risco a vida de nossos professores, pais, alunos e todos os seus familiares”, concluiu.
A declaração do governador seguiu uma apresentação de técnicos da Sesab mostrando que a Bahia alcançou uma taxa de 74% de ocupação dos leitos de UTI dedicados para atender pacientes com casos mais graves de Covid-19. “Os dados indicam um risco real de colapso do sistema de saúde e consequente aumento na mortalidade. Nesse momento, apenas medidas de distanciamento social mais severas minimizarão as altas taxas de transmissão do vírus”, explicou o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas.
Nesta terça-feira, por exemplo, a cidade de Porto Seguro está com mais de 71% dos leitos de UTI ocupados para tratamento da Covid-19. Já em Eunápolis, conforme dados divulgados na última sexta-feira (12/02), a ocupação dos leitos de UTI do Hospital Covid-19 era de 75%. Já na rede privada, a ocupação era de 100%.
O governador ainda afirmou que quem desrespeitar o toque de recolher poderá ser preso e responderá por crime contra a saúde pública. “Nós vamos atuar, conforme a lei. A polícia Militar e Civil atuarão no sentido de orientação e, eventualmente, fechamento daquelas unidades comerciais como bares, restaurantes, ou festas, carros de som na rua, chamados de ‘paredão’, a polícia vai agir fortemente para impedir qualquer aglomeração desse tipo a partir das 22h”, disse o governador.
De acordo com o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, “os dados indicam um risco real de colapso do sistema de saúde e consequente aumento na mortalidade. Nesse momento, apenas medidas de distanciamento social mais severas minimizarão as altas taxas de transmissão do vírus.” – Comentou o Secretário.
Veja detalhes do toque de recolher na Bahia:
– Medida começa a valer a partir de sexta-feira, das 22h às 5h, por sete dias;
– Estão proibidas atividades comerciais não essenciais;
– As polícias Civil e Militar irão fiscalizar o cumprimento do toque de recolher;
– Quem descumprir as regras pode ser preso e irá responder por crime contra a saúde pública;