A nova gasolina de melhor qualidade começa a chegar aos postos de combustíveis do Brasil nessa segunda-feira (03/08) com algumas vantagens em relação ao atual. O objetivo principal é aproximá-la da vendida nos mercados europeu e americano quando o assunto é massa específica e octanagem. Em linhas gerais, isso significa menor consumo e menos chances de adulteração.
São três os principais fatores que vão levar à melhoria na qualidade da nova gasolina no Brasil: valor mínimo da massa específica, parâmetros de destilação e fixação para limites para a octanagem RON. Com densidade mínima estabelecida em 715 kg/m3 haverá mais energia e redução do consumo nos veículos, mas vale lembrar que as porcentagens de etanol anidro na gasolina continuarão os mesmos, ou seja, 27% na comum e aditivada e 25% na premium.
Atualmente a octanagem da gasolina brasileira é medida pelo IAD que é a média aritmética entre os valores MON (Motor Octane Number, que avalia a resistência à detonação quando o motor está a plena carga, em alta rotação) e o RON (Reasearch Octane Number, em que a medição é feita quando o motor esta carregado, em baixa rotação). A partir de agosto, será adotado o método europeu (RON), em que a gasolina comum passará a ter 93 octanas e a premium, 97.
Além disso, também haverá mudança na determinação dos parâmetros no teor de enxofre, que deverá ser realizada com com de EAC (Etanol Anidro Combustível) à gasolina A, no teor de um ponto percentual abaixo do valor em vigor na data da produção da gasolina A. Alternativamente, a adição de EAC pode ser substituída pela adição de álcool etílico P.A, com pureza mínima de 99,3 % em massa.
Entre outros benefícios, a nova gasolina brasileira deverá manter a marcha lenta dos motores mais constante e sem oscilações indesejáveis, com menores índices de vibrações. E mais melhorias serão adotadas em 2022 e 2025, contribuindo também com menos emissões de poluentes no meio ambiente, conforme Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve/Ibama).