A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a aplicação de reajuste tarifário, a partir desta quarta-feira (1º de julho), para todas as distribuidoras de energia cujos índices deveriam ter entrado em vigor nos meses de abril e maio passados. Os adiamentos foram solicitados ao órgão regulador pelas empresas do setor elétrico, em virtude dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus.
Com reajuste anual previsto para o último mês de abril, a Coelba está entre as distribuidoras do país que postergaram a aplicação dos índices. Os novos percentuais foram homologados pela Aneel, ainda em abril, no entanto, a variação proporcional das tarifas começa a ser aplicada apenas a partir de julho. A percepção integral pelos consumidores ocorrerá em agosto, quando se completa todo o período de leitura após a aplicação tarifária.
Para os clientes baianos, o percentual médio do reajuste tarifário anunciado pela Aneel foi de 5,00%. Para a baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o efeito médio será de 4,85. A variação percebida pelos clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 5,38%.
Composição da tarifa
Do valor cobrado na fatura, 37% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica, representando 34% do total. A distribuidora fica 29% do valor pago pelos consumidores baianos para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Isso significa que, para uma conta de R$ 100,00, por exemplo, R$ 29,00 são destinados efetivamente à empresa para operar e expandir todo o sistema elétrico do Estado.