Na oportunidade, a prefeita apresentou um Protocolo de Intenções, um documento que tem por objeto a cooperação técnica, científica e econômica entre os partícipes, visando o desenvolvimento e execução conjunta de programas e projetos no âmbito social, abrangendo áreas como educação, saúde, esportes, cultura, meio ambiente, lazer e capacitação profissional.
Bastante preocupada com a saúde e a educação especialmente, a gestora expôs as carências do município nesses campos, a exemplo do Hospital de Barrolândia, que se encontra em situação precária. “Nossa cidade é carente de recursos e temos que buscar parcerias para ações importantes, como a recuperação do hospital e para a manutenção da unidade”, afirmou Alice.
O presidente da Veracel explicou que o hospital já foi objeto de um acordo entre o município de Belmonte e a empresa, mas que foi encerrado por motivo de regularização tributária, concernente ao recolhimento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
A prefeita destacou que uma parceria com a Veracel seria importante, tendo em vista que a empresa impactou Barrolândia positiva, mas também negativamente. “As demandas crescem. Temos uma escola que precisava de 12 salas de aula há dez anos e que agora precisa de 20. A cooperação para as áreas de saúde e educação é importantíssima”, salientando que a responsabilidade de gerir tais setores é da prefeitura, mas que o histórico de envolvimento da empresa com projetos sociais é o fator que motivou a reunião. “O Hospital de Barrolândia está num estado terrível. No entanto se funcionasse como deveria as verbas viriam naturalmente. Quando fui secretária de Educação, contamos muito com o apoio da Veracel”, complementando que Belmonte merece uma atenção especial, pois o impacto da cultura do eucalipto é muito forte. “Temos o terminal em nosso município, bem como uma parte da fábrica”, frisou.
“O que nós queremos é a prestação do serviço. Se nos é disponibilizado médicos, por exemplo, não necessitamos de dinheiro nesse caso”, enfatizou.
Sérgio Alípio explanou que a empresa não ignora as dificuldades de um município cuja receita é curta, mas que tem interesse em participar do desenvolvimento da região, o que não se limita a geração de empregos, mas principalmente promoção da cidadania. “Temos limitação de orçamento, uma vez que a nossa empresa tem que dar resultados aos seus acionistas. Todavia tudo que pudermos fazer, faremos prontamente”, garantiu.
Durante a reunião, ficou acordado que as discussões em torno do Protocolo de Intenções terão continuidade e que ocorrerão parcerias no que for viável.
Fonte: Jornal de Belmonte