Após se reunirem no dia 18 de julho em Itaobim, para discutirem sobre a retenção, por parte do Governo de Minas Gerais, dos repasses referente à Saúde e à Educação, 51 prefeitos fundaram a UMVALE (União dos Municípios do Vale do Jequitinhonha). A entidade reúne gestores do Alto, do Médio e do Baixo Jequitinhonha, e definiu para os dias 10 e 13 de agosto uma paralisação geral ao exemplo do que aconteceu na cidade de Belmonte, no extremo sul da Bahia. Não haverá expediente nas prefeituras, secretarias e departamentos municipais. Apenas funcionarão os serviços essenciais, como saúde e limpeza urbana.
E, no dia 13 de agosto, próxima segunda-feira, os prefeitos que compõem a UMVALE se reunirão em Capelinha, para decidir de maneira regionalizada quais medidas serão tomadas para evitar o colapso econômico e social da região. Em uma carta aberta à população, a própria UMVALE lembra que o Vale tem “a economia ligada fundamentalmente à folha de pagamento das prefeituras”.
A dívida do Governo de Minas com os municípios ultrapassa a cifra dos milhões de reais, e a paralisação se dará após o governador Pimentel não cumprir o acordo feito com 44 prefeitos no dia 23 de julho, quando prometeu em audiência pagar integralmente os recursos referentes ao FUNDEB (Fundo Nacional da Educação Básica) e mais duas parcelas do transporte escolar. O Governo de Minas vem retendo há meses os recursos do ICMS (imposto sobre mercadorias e serviços) e IPVA (imposto de veículos). Tal situação inviabiliza as administrações municipais de todo o Vale.