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PRE-BA denuncia prefeito Iêdo Elias por compra de votos e comprova as acusações da oposição feitas em 2008.

A Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) denunciou o prefeito de Belmonte Iedo José Menezes Elias e o candidato a vereador Flavielle Victor José de Sá por compra de votos nas eleições 2008. De acordo com a denúncia, integrantes da “Coligação Belmonte com Seriedade” pelo Partido Progressista (PP), os dois ofereceram e doaram blocos de cerâmica em troca do voto de, pelo menos, seis eleitores, no pleito de 2008, no distrito de Barrolândia. Na época, já prefeito da cidade, Elias conseguiu a reeleição com 5.778 votos.

Ainda conforme o inquérito que embasa a denúncia, o prefeito ofereceu pessoalmente o material de construção em troca dos votos. Ele teve auxílio do candidato a vereador, que conseguiu os blocos de cerâmica entregues na época da eleição. Os denunciados teriam doado 500 blocos de cerâmica a cada um dos eleitores antes do pleito e prometeram doar outros 500, caso o prefeito fosse reeleito, o que de fato aconteceu.

Fotografias anexadas ao processo comprovam a distribuição do material de construção a vários eleitores de Barrolândia, em função do pleito de outubro daquele ano. As imagens evidenciaram as pilhas de blocos nas portas de diferentes residências do povoado.

O Ministério Público Eleitoral imputa aos acusados a prática do crime do art. 299 do Código Eleitoral, cuja pena é de reclusão de até quatro anos e pagamento de multa. A denúncia será analisada inicialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral em Salvador. Conforme o procurador Regional Eleitoral Substituto, Vladimir Aras, vige em favor dos acusados a presunção de inocência, que só é desfeita após decisão final do Poder Judiciário.

O fato já tinha sido denunciado pela oposição comandada pelo empresário Janival Andrade em uma ação judicial parecida movida logo após os resultados das citadas eleições. Janival conseguiu reunir provas, que segundo ele, eram incontestáveis mas a justiça deu ganho de causa ao advogado Iêdo Elias. O interessante é que eram práticamente as mesmas provas, inclusive com investigações da Policia Federal, e a justiça não se interessou na época pelo assunto e julgou a favor do atual prefeito.

Agora o parecer da justiça, a favor ou contra ao atual prefeito,  não servirá de nada, já que, o mesmo já está terminando o seu mandato. A única coisa que irá acontecer é que, se for comprovada a compra de votos, saberemos que a justiça mais uma vez agiu com atraso favorecendo a impunidade e que o povo belmontense é um povo comprado, que se vende fácil por migalhas e depois fica choramigando pelos cantos.