O Governo Federal recuou da decisão de liberar um auxílio financeiro de R$ 2 Bilhões de Reais para as Prefeituras de todo o Brasil. A notícia foi confirmada na noite de quinta-feira (28/12) pela Casa Civil da Presidência da República e caiu como uma bomba na cabeça dos prefeitos de todo o Brasil.
Os prefeitos, diante da situação pressionaram senadores e deputados e, como solução, o Presidente Michel Temer publicou uma Medida Provisória disponibilizando os R$ 2 Bilhões de Reais para o ano de 2018, no entanto, no documento não tem data para a disponibilização de recursos e o dinheiro só poderá ser usado nas áreas da saúde e da educação. “Essa é mais uma prova de que o presidente não tem nenhuma consideração e respeito pelos municípios e pelas pessoas que vivem aqui. Depois de toda essa sacanagem de nos surpreender ao não cumprir o que foi acordado em Brasília, no dia 22.11, protela o problema por mais um ano e ainda determina como vamos gastar?!”, disse o presidente da União dos Municípios da Bahia, Eures Ribeiro. O gestor afirma, ainda, que os 417 prefeitos do estado estão sem saber o que fazer diante da situação. “Contávamos como repasse para fechar as contas do ano. Nem tenho palavras para classificar uma postura tão desrespeitosa desse governo. Se não podemos confiar no presidente da Nação, o que nos resta?”, completa.
A mudança deixou a Prefeitura Municipal de Belmonte em uma situação difícil. Com várias dívidas acumuladas durante o ano, o gestor belmontense esperava ansiosamente os R$ 420.000,00 extras entrarem no caixa para aliviar as contas da Prefeitura. Pessoas ligadas à gestão municipal comentaram com nossa reportagem que está sendo organizado para o ano de 2018 um plano de contingência de recursos e que a ordem agora é apertar o cinto para tentar controlar as despesas. “O final do ano não está sendo bom para a gestão e o começo do ano também promete ser muito difícil porque as dívidas continuam aumentando. Temos o problema dos retroativos dos professores, profissionais da saúde e de outras categorias já sinalizaram que vão querer reajuste, temos problemas com fornecedores e prestadores de serviço e a Prefeitura não tem previsão de recursos para fazer frente a todas essas despesas. Esse dinheiro que viria iria servir para dar uma aliviada na situação e o cancelamento do mesmo deixou Belmonte em uma situação preocupante para 2018.” – Comentou uma pessoa ligada à administração do Prefeito Janival Borges.