A APLB-Belmonte cumpriu mais um evento da sua agenda de campanha pelo reajuste do Piso Salarial Nacional a ser pago aos professores da rede municipal de ensino. Estamos falando da passeata pelas ruas da cidade que aconteceu na manhã dessa terça-feira (13/06) e contou com a presença dos professores, funcionários ligados à educação, familiares dos docentes e apoiadores da causa.
A concentração do evento foi feita na sede da APL-Belmonte onde foi disponibilizada pela entidade uma sortida mesa de café da manhã para os professores presentes no evento. Logo após, os docentes saíram pelas ruas do centro da cidade empunhando faixas e exigindo o cumprimento da lei por parte da Prefeitura Municipal de Belmonte. O movimento seguiu até a sede do poder executivo belmontense onde fizeram um ato em frente ao prédio pedindo respeito e valorização por parte do Prefeito Janival Borges. O ápice do movimento aconteceu em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação onde os professores deram as mãos sinalizando que a categoria está unida para lutar por seus direitos.
Nossa equipe conversou com o Sr. Igor Suzart Mega, Coordenador Municipal da APLB e o mesmo comentou que a entidade ainda essa semana pretende marcar mais uma reunião de negociação para tentar resolver a situação. – “O nosso objetivo é encontrar uma solução porque a categoria não pode ficar no prejuízo. O piso salarial e o retroativo são direitos dos professores e o que queremos é uma proposta que seja boa para todos os envolvidos.” – O coordenador também colocou que, se as negociações não forem retomadas, a categoria pretende entrar em greve por tempo indeterminado e procurar auxílio da justiça para fazer a mediação do conflito.
Entenda o caso
Os professores exigem o pagamento do piso nacional da categoria estabelecido pelo Ministério da Educação que esse ano foi reajustado em 7,64%. Também faz parte das exigências o pagamento dos retroativos relativos a janeiro, mês em que o reajuste entrou em vigor. A Prefeitura Municipal de Belmonte, por sua vez, alega que o município não tem dinheiro para bancar os custos e sugeriu um escalonamento, proposta que não foi aceita pela categoria. O diretório da APLB-Belmonte enfatizou que o reajuste e o retroativo são questões inegociáveis porque é um direito da categoria assegurado por lei. A gestão municipal, segundo a direção da APLB-Belmonte, não fez mais nenhuma contraproposta e também não manifestou vontade de voltar a negociar com a categoria.
Vários pais entrevistados por nossa reportagem reconhecem que a luta dos professores é legítima e torcem que as partes cheguem a um consenso e que o conflito não prejudique o ano letivo dos alunos.