Em tempo de tantas discussões a respeito das últimas eleições em nosso município eu pergunto: Se não existisse a venda do voto, estaríamos ainda falando desse assunto? Se você vende seu voto, você vende sua cidadania e cidadania não se vende, se exerce. Se você vende o seu voto, você vende o seu direito de escolha. E direito de escolha não se vende, se exercita com a consciência da responsabilidade social. Vender o seu voto é vender a sua alma para o diabo, ou melhor, é vender a sua identidade e não poder cobrar dos nossos políticos melhorias. Pois quem vende seu voto não tem o direito de cobrar e ainda pode receber uma reposta agressiva, tipo: “Eu paguei pelo seu voto e você não tem direito de cobrar nada.”
Como podemos mudar esta realidade? Precisamos traçar uma meta e a minha é concientizar pessoas que não devemos nos vender, temos que ter integridade para poder falar com a moral elevada: “Eu votei em alguém porque acredito e não porque ganhei algo.” E ter a coragem para cobrar: “Candidato eu votei em você e qual é o projeto que você apresentou até hoje na Câmara de Vereadores?”
Não devemos dar segunda chance a quem não conseguiu trabalhar em quatro anos, não podemos acreditar em um projeto que deu errado. Precisamos acreditar no novo, precisamos votar em um vereador com propostas viáveis, não em pessoas que usam a prefeitura como meio de sobrevivência. Desconfie do político que diz por aí que vai resolver todos os seus problemas.
Eu acredito que Belmonte pode ser uma cidade modelo. Estou me referindo à saúde básica, escolas de qualidade, ruas 100% pavimentadas, esgoto, um sistema de vazão de águas eficiente para que, nos períodos de chuva, não vejamos pessoas tendo que tirar água de dentro das suas casas. Precisamos pensar nesses assuntos, discutir em quem votar nas próximas eleições e nos perguntar se vale a pena vender o nosso voto. Esta pergunta não pode deixar de ser feita. Só assim teremos uma Belmonte melhor, sem demagogias e com pessoas de caráter fazendo gestão do direito público com transparência.
Vamos começar a nossa luta não vendendo o nosso voto.
” O mundo é um lugar poderoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim, por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer” – Albert Einstein.