Uma gestante em trabalho de parto e um bebê recém-nascido precisando de uma UTI neonatal, ambos do município de Belmonte, ficaram presos por cerca de 40 minutos na balsa que faz a travessia do Rio João Tiba, entre o distrito de Santo André e a sede do município de Santa Cruz Cabralia. A situação foi causada por problemas mecânicos no rebocador que faz a movimentação da embarcação. A ambulância ficou parada no meio do rio esperando um outro rebocador que estava embarcando passageiros do lado do distrito de Santo André.
Familiares dos pacientes, passageiros e pessoas da comunidade ficaram revoltados com a situação. A ambulância chegou a ligar a sirene na tentativa de chamar a atenção dos funcionários da balsa que esperavam o outro rebocador, que chegou quase 30 minutos depois. O desespero dos funcionários foi notado por todos e durante a operação a balsa desgovernada ainda se chocou com embarcações atracadas no porto fluvial. A gestante e o bebê recém-nascido chegaram ao Hospital Luis Eduardo Magalhães e passam bem
Infelizmente, esse é apenas mais um capítulo do descaso vivido pelos belmontenses. Além do péssimo serviço, moradores de Belmonte ainda são obrigados a pagar tarifas de turistas para fazer a travessia. A situação foi assunto de uma visita do vereador belmontense Paulinho de Papau ao filho do proprietário da empresa, o Sr. Igor Batista, que rendeu uma promessa não cumprida por parte do mesmo de pensar em uma solução para o problema que existe graças ao contrato de concessão firmado com o município de Santa Cruz Cabrália, que não considera os belmontenses como moradores nativos da região.