Na avaliação do prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, a hipótese levantada pelo governador Rui Costa (PT) sobre implantar um toque de recolher na Bahia para conter o avanço do novo coronavírus no estado é um exagero. “A nossa opinião aqui é a seguinte: a gente ainda tem condições de atender as pessoas. A gente tá montando uma equipe muito boa pra isso. Respeito muito o pensamento do governador, mas Porto Seguro é diferente. Ou o povo morre de desemprego, ou pode ou não pegar a Covid (sic)”, disse, em entrevista ao BNews nesta terça-feira (16/12).
Na entrevista, Jânio Natal pediu que o governador desse atenção ao envio de equipamentos para hemodiálise – procedimento no qual uma máquina limpa e filtra o sangue, cumprindo a função que um rim doente não consegue fazer -, além de reparos em um tomógrafo do Hospital Luís Eduardo Magalhães, que, segundo o prefeito, volta e meia para de funcionar. “Se a coisa desandar, perder nosso controle, aí, a gente pode tomar decisões mais radicais, mas, no momento, não é o toque de recolher que queremos.”, completou o prefeito de Porto Seguro.
Boletim
De acordo com o boletim epidemiológico municipal mais recente – de segunda-feira (15/02), já foram registrados 15.227 casos de Covid-19 em Porto Seguro, sendo 5.594 confirmados e 9.633 suspeitos. Porto Seguro, tem atualmente 14.820 pessoas recuperadas, totalizando um percentual de 97,3% entre os suspeitos e confirmados de coronavírus, sendo 105 óbitos desde março de 2020. A taxa de ocupação de leitos de UTI adulta está em 74% e a ala pediátrica registra 53%.