Nove produtores de antivenenos usados para casos de picadas de cobras e escorpiões reduziram a produção em 50% nos últimos dois anos e vem causando problemas no atendimento de pacientes em todo o Brasil. A redução está sendo causada pela implantação das medidas da Certificação de Boas Práticas nas entidades, que passou a ser exigida pela ANVISA. As novas exigências exigiram reformas e adequações nos parques industriais e prejudicaram a fabricação dos produtos.
A situação causou problemas no atendimento dos hospitais nos municípios de pequeno porte. No caso de Belmonte, a Secretaria Municipal de Saúde, informou que a Vigilância Epidemiológica Municipal detectou nos últimos meses o aumento de ocorrências com animais peçonhentos. “O fato se deve ao município ter uma vasta área rural e as famílias estarem se deslocando menos por causa dos risco de contaminação por COVID-19.” – Informou a Secretaria em nota. O órgão ainda informou que está sem antivenenos em seus estoques, que a reposição foi requisitada, mas não foi atendida devido ao desabastecimento em todo o país.
O Secretário de Saúde, Tárcio Lapa, conversou com nossa equipe e informou que as famílias que moram na zona rural tem que ampliar o uso de botas e luvas durante o trabalho, manter as propriedades limpas e manter uma distância segura de animais peçonhentos encontrados. “Todos os municípios de pequeno porte estão tendo problemas para repor os estoques. Por isso as famílias tem que se precaver tomando medidas de segurança. Picadas de animais peçonhentos são perigosas e a demora na ministração do antídoto pode trazer consequências graves para o paciente. “ – Finalizou o Secretário.