Com a chegada das eleições municipais no ano que vem, crescem as movimentações políticas em Belmonte, onde grupos se organizam para a maratona de busca de votos, só que, um novo fenômeno está afetando essas movimentações e tem tirado o sono dos articuladores da cidade: A falta de líderes políticos. A verdade é que há uma escassez generalizada de grandes nomes que agreguem apoiadores e sejam viáveis para disputar a Prefeitura de Belmonte.
Por enquanto, apenas um grupo político divulgou o seu pré-candidato, que é o grupo iedista, liderado pelo ex-prefeito e advogado Iêdo Elias. O mesmo tem como novidade para esse ano a mudança de número, que agora será o 55, do Partido Social Democrático (PSD). Além do nome, o grupo iedista tem a seu favor recursos para financiar a campanha, que em Belmonte chega a custar algo próximo a R$ 1 Milhão de Reais. Outro ponto também muito importante são os apoiadores que, mesmo fora do poder há quase 08 anos, permanece coeso e fiel a seu líder. A estratégia do grupo é comparar a situação atual da cidade com a da época em que o ex-prefeito comandou o município. Os apoiadores ainda prometem aumentar o uso das redes sociais e transforma-la em uma importante ferramenta de comunicação direta com o eleitor.
Uma opção que pode fazer frente aos iedistas é o grupo do Deputado Jânio Natal, que hoje está sob a liderança do Prefeito Janival Borges. O grande problema é que o atual gestor ainda não decidiu se vai disputar a reeleição e as dificuldades causadas pelas quedas de arrecadação tem dificultado a aceitação do nome de Janival por mais quatro anos, devido aos problemas financeiros do município. Por outro lado, o grupo janista não apresentou um plano B e nenhuma estratégia definida para o pleito, fato que causa insegurança no grupo que teme ficar desamparado na próxima disputa política. Diante da indefinição, todos esperam a decisão dos irmãos Janival e Jânio Natal que definirá os caminhos a serem tomados nas próximas eleições.
Além dos dois grupos citados, temos o grupo intitulado “Renovação”, que é a junção de pessoas que não apoiam nem os janistas e nem os iedistas. Os seus participantes querem oferecer uma terceira opção que dê fim à sucessão dos dois grupos anteriores no poder que dura quase 30 anos. O novo grupo político não é formado em torno de um líder como os outros dois citados acima e pretende ter um nome forte escolhido por meio de pesquisas de intenção de votos a serem realizadas em poucos dias. O grande problema desse grupo é a falta de recursos financeiros e de acertar alquimia correta do nome para prefeito que agregue seguidores e derrube os outros dois fortes e poderosos oponentes.
Enquanto a disputa pelo cadeira de Prefeito ainda segue indeterminada, a disputa para Vereador promete ser acirrada, onde os atuais legisladores terão que disputar com jovens nomes que tem usado as redes sociais para se promoverem e atacar os que ocupam hoje a Câmara de Vereadores. Estima-se que haverá uma grande renovação das cadeiras da casa, muito maior do que a das eleições municipais passadas. O numero de nomes de candidato também será muito maior, já que, não existem mais coligações proporcionais, fato que acirra muito mais a disputa pela confiança do eleitor muito mais instruído e exigente do que os das eleições passadas.