A APLB-Belmonte, sindicato que representa os professores e profissionais da educação na cidade, realizou na manhã dessa quarta-feira (17/10) uma manifestação para protestar contra o atraso dos salários da categoria por parte da administração municipal. A concentração aconteceu na sede da entidade, localizada na Rua Saldanha da Gama, onde os professores e toda a coordenação da APLB local se reuniram e saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade até à frente do prédio da Prefeitura Municipal de Belmonte onde ocorreu um ato de protesto, onde muitos profissionais se manifestaram revoltados, fizeram um grande círculo e deram um abraço simbólico no prédio da administração municipal.
Em conversa com o Vereador Rogério Bahia, um dos diretores da APLB-Belmonte, o mesmo ressaltou que toda a categoria está insatisfeita, já que, o Prefeito Janival Borges não está cumprindo o acordo de se pagar até o 5º dia útil. “A Prefeitura teria que pagar no primeiro dia do mês porque não somos funcionários celetistas. Mesmo com essa boa vontade que demonstramos o Prefeito não cumpriu a promessa e estamos, até o momento, sem receber os nossos pagamentos.” Ainda em conversa com nossa equipe, o vereador e sindicalista informou que a categoria decidiu derrubar o acordo do 5º dia útil e deliberou em assembleia que os profissionais da educação terão que receber no primeiro dia útil do mês. “Também não faremos mais paralisações de alerta. Estaremos entrando em greve automaticamente se os pagamentos não estiverem nas contas dos profissionais no primeiro dia útil.” – Finalizou Rogério Bahia.
O +BN entrou em contato com a Secretaria Municipal de Finanças, onde o Secretário Alexandre Haeter confirmou o atraso no pagamento dos profissionais da educação e colocou que o problema aconteceu por causa das quedas nos repasses de verba para o município. “Do início do ano até agosto não houve atraso porque o Fundo de Participação dos Municípios entra nas contas da Prefeitura em um valor que dá para complementar as verbas do FUNDEB. Agosto, setembro e outubro figuram como os meses mais fracos de repasses todos os anos e esse problema, para um município que depende quase que exclusivamente de repasses, é horrível. Para minimizar os efeitos dessa situação, teríamos que fazer uma reserva, mas o exercício financeiro desse ano não nos permitiu. Agora estamos otimizando as nossas despesas para que no ano que vem consigamos ter recursos disponíveis para esses períodos do ano.” – Colocou o Secretário.
Nossa equipe ainda perguntou sobre o posicionamento dos profissionais de educação quanto à exigência do pagamento dos salários no primeiro dia e não mais no quinto dia útil. Alexandre informou que a questão do quinto dia útil já foi pacificada juridicamente e que espera uma nova rodada de negociações entre as partes para que se chegue a uma alternativa que atenda aos anseios da categoria sem comprometer as contas do município.