O Prefeito Janival Borges realizou uma reunião na sede da Câmara de Vereadores de Belmonte nessa sexta-feira (22/09) para discutir a queda de receita do município devido à crise que continua assolando as Prefeituras de todo o país. O gestor belmontense usou como base um anúncio feito pelo Governo Federal de que a queda de repasses para os municípios poderá chegar a 40%. Janival comentou que terá que se ajustar à realidade difícil e para se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal terá que recorrer à uma severa contenção de despesas e cortes de funcionários públicos. O mandatário belmontense ainda colocou parte da culpa do arrocho na gestão anterior onde, segundo ele, fechou-se um orçamento totalmente inadequado. Janival comentou que, por causa disso, vinha fazendo milagres para administrar Belmonte e citou como exemplo os 16% previstos para gastos mensais na saúde em 2017 que tiveram que ser aumentados para 25% devido à situação de calamidade encontrada por sua gestão.
Como já citado em reportagem do +BN, o município de Belmonte gasta 70% da sua arrecadação com a folha de funcionários, quando o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 54%. Belmonte hoje tem uma arrecadação média de R$ 4,4 Milhões de Reais e consome R$ 3,2 Milhões só com funcionários. O Prefeito Janival Borges disse que para solucionar esse problema adotará estudos criteriosos para que os serviços públicos não parem e já avisou que fará cortes nos salários de Prefeito e Secretários para se adequar à nova realidade. “Com uma receita atual igual à vários anos, somado aos reajustes do salário mínimo + reajuste dos professores e queda da arrecadação, as medidas serão duras mais necessárias, cortaremos os salários de prefeito vice-prefeito, secretários, além de demissões”, destacou o prefeito Janival.
O Secretário de Finanças Alexandre Rapold Haerter esclareceu, “A queda de receita é explicita não somente em Belmonte, vários municípios estão cortando gastos para se adequar, em nossa cidade não será diferente. Tivemos que iniciar a gestão de forma muito acelerada em decorrência da situação de sucateamento do município, e com a queda de arrecadação temos de puxar o freio de mão”, Alexandre ainda colocou que os gastos com educação representam 45% da folha de pagamento do município e a recuperação de 41 prédios escolares, frota de veículos e máquinas, todos sucateados elevaram ainda mais o índice.
Fotos: Gutemberg Stolze – Imprensananet.com