data Categoria: Notícias |  data Postado por redacao há 7 anos | Imprimir Imprimir
População de Barrolândia revoltada planeja manifestação em favor dos professores.
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Reunião da comunidade no Colégio Municipal Clemenceau Teixeira.

A contenda entre os professores e o Prefeito Janival Borges ganhará mais um capítulo nessa sexta-feira (30/06). Estamos falando de uma nova manifestação que acontecerá no Distrito de Barrolândia promovida por pais, alunos, vereadores e diversas pessoas da comunidade. A decisão foi tomada na manhã dessa quinta-feira (29/06) em uma reunião realizada no Colégio Municipal Clemenceau Teixeira.

A população se mostrou revoltada com a crise que se instalou na educação belmontense e diversas pessoas que tomaram a palavra acusaram o gestor de estar sendo insensível com a situação dos alunos e de agir como um ditador com os professores não querendo pagar o que lhes é garantido por lei. Depois dos diversos depoimentos acalorados ficou definido na reunião que os manifestantes ocuparão a BA-275 a partir das 06:00Hrs da manhã interrompendo o fluxo de veículos pela rodovia. O intuito do movimento é chamar a atenção da opinião pública e fazer com que o Prefeito Janival Borges volte à mesa de negociações para conversar com os representantes dos educadores.

A greve geral decretada pelos professores já caminha para o seu décimo dia e, até o momento, não há perspectiva de que se tenha uma resolução a curto prazo. A última reunião entre a APLB (Sindicato que representa a categoria) e o Prefeito Janival Borges aconteceu na manhã da última terça-feira (27/06) onde o gestor belmontense revelou aos presentes que não iria negociar e preferia espera uma decisão judicial para um mandado de segurança impetrado pela APLB. Ainda na reunião o gestor comentou que a Prefeitura de Belmonte não tinha recursos para pagar o que estava sendo exigido pela categoria sem infligir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Diante da resposta dada pelo executivo municipal, os educadores decidiram dar continuidade à greve por tempo indeterminado.

Belmonte sem aulas

Entenda o caso

Os professores exigem o pagamento do piso nacional da categoria estabelecido pelo Ministério da Educação que esse ano foi reajustado em 7,64%. Também faz parte das exigências o pagamento dos retroativos relativos a janeiro, mês em que o reajuste entrou em vigor. A Prefeitura Municipal de Belmonte, por sua vez, alega que o município não tem dinheiro para bancar os custos e sugeriu um escalonamento, proposta que não foi aceita pela categoria. Fontes da Secretaria Municipal de Educação revelaram à nossa equipe que só o pagamento dos retroativos podem gerar um montante em torno de R$ 500.000,00 nas contas do município e que esse valor só aumenta com o passar dos meses.

Os professores, por sua vez, revelam que os argumentos do Prefeito Janival Borges não se sustentam porque o Governo Federal vem pagando o reajuste da categoria desde o mês de Janeiro. A APLB informa que vem tentando marcar sem sucesso uma reunião com o Prefeito Janival Borges desde o início do ano para discutir a situação e que a gestão só aceitou negociar agora porque o município tem como data-base para o reajuste da categoria o mês de maio. “Essa situação foi criada pelo próprio prefeito. Nós vínhamos alertando sobre a situação e a gestão municipal vinha enrolando. Agora a categoria quer o seu direito e não pode ser prejudicada por causa de um erro de estratégia administrativa.” – Informou um dos representantes da APLB envolvido nas negociações.