Os policiais militares negaram que farão uma paralisação do serviço na segunda-feira (05/12). Esses boatos surgiram nas redes sociais após a assembleia da categoria definir que os servidores não deixarão as bases sem todos os equipamentos de segurança regulares.
De acordo com o deputado estadual Soldado Prisco (PPS), que participou da reunião da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), explicou que a categoria vai trabalhar apenas “dentro da legalidade”. “[Os PMs] Vão cumprir tudo. As viaturas são pra uso exclusivo em serviço, mas 50% delas são para uso pessoal. Isso é proibido por lei”, criticou. Prisco citou ainda outros problemas, como falta de armamento e coletes a prova de balas vencidos. “Tem unidades sem condição nenhuma de funcionamento, sem sequer um banheiro para o policial trocar de roupa. Para cada viatura eles dão R$ 30 por dia para comprar gasolina”, pontuou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) rebateu as informações e informou que todas as unidades da Polícia Militar continuam funcionando normalmente, sem qualquer tipo de alteração. “O Comando-Geral da PM ressalta também que todos os equipamentos necessários para a segurança dos profissionais e dos baianos (armamento, coletes balísticos, viaturas, entre outros) são garantidos e utilizados diuturnamente nas ações ostensivas. Lembra ainda que as unidades da PM no estado tiveram a frota de viaturas renovada. No total, em 2016, foram 1400 veículos substituídos por equipamentos 0 km”, alega o órgão, em nota.
Enquanto isso as entidades que representam os policiais militares ainda lutam por diversas reivindicações como: Reajuste salarial de 2016, volta do financiamento da Conder, cumprimento do acordo e pagamento da gap 04 e 05 a todos os policiais de forma automática, cumprimento do acordo firmado em 2014 com a categoria. Entre eles a regulamentação do artigo 92, no qual consta o pagamento do adicional de periculosidade e do auxílio transporte; plano de carreira dos praças, reajuste do auxílio alimentação; Aprovação do código de ética, Anistia dos policiais que participaram do movimento reivindicatório em 2012 e 2014, cumprimento da lei de anistia federal aprovada pelo congresso, aprovação da reforma do estatuto da PM que esta na casa civil do governo e aposentadoria de 25 anos das policiais femininas.
As entidades que representam os policiais militares realizarão outra assembleia na próxima segunda-feira (05/12). As mesmas já admitiram que a negociação com o Governo do Estado da Bahia está ocorrendo com dificuldades e não descartam atitudes mais drásticas para fazer valer os direitos desses profissionais.