A política ainda nem começou, mas as manobras para confundir a cabeça do eleitor já fazem parte do cotidiano de alguns grupos políticos que atuam na cidade. A última agora é a divulgação de uma suposta pesquisa eleitoral onde um pré-candidato a Prefeito de Belmonte estaria na frente do segundo colocado com 38% das intenções de votos. A suposta pesquisa ainda consta uma grande rejeição dos outros candidatos e uma vitória certa do primeiro colocado.
O grande problema dessa pesquisa é que a mesma não tem informações da metodologia e período de realização; plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico do entrevistado e área física de realização do trabalho a ser executado, nível de confiança e margem de erro, conforme exigências da Justiça.
A Justiça Eleitoral ainda exige que as empresas de pesquisa também devem fornecer informações sobre: o sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo; questionário completo aplicado ou a ser aplicado; quem pagou pela realização do trabalho e seu número de inscrição no CPF ou no CNPJ; cópia da respectiva nota fiscal; nome do estatístico responsável pela pesquisa e o número de seu registro no Conselho Regional de Estatística competente; e indicação do município abrangido pela pesquisa, bem como dos cargos aos quais se refere. Todos esses procedimentos exigidos buscam coibir o máximo possível a manipulação dos dados pela pessoa ou entidade que encomendou a pesquisa.
Nossa equipe, diante das informações e da falta de registro, classificou que a pesquisa em questão é falsa e pode ter sido manipulada para beneficiar um determinado pré-candidato. Alertamos também que divulgar pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. A resolução trata ainda de outras práticas irregulares, estipulando as respectivas sanções. Os eleitores, visando a boa conduta das eleições 2016, devem denunciar, caso sejam abordados por pessoas divulgando as citadas pesquisas.
Enquetes em sites e redes sociais também foram terminantemente proibida pelo TSE durante o período eleitoral. O grande problema das enquetes é que as mesmas são realizadas sem nenhum critério técnico que controle a manipulação dos dados. A proibição visa evitar a criação de confusão na cabeça do eleitor que pode se ver influenciado com os resultados duvidosos das enquetes. “Nós não fazemos enquetes com nossos internautas, pois sabemos que as mesmas não são confiáveis. Entendemos que, mesmo com controle de IPs, ainda existem muitas brechas para os dados serem alterados. Até mesmo o responsável pela enquete pode manipular o resultado e favorecer qualquer candidato. Preferimos deixar as pesquisas eleitorais para as empresas sérias que registram os seus resultados na Justiça Eleitoral. Só essas que divulgaremos e acreditaremos nos resultados. O resto é pura tentativa de manipulação da cabeça do eleitor.” – Comentou Crisney Dias, um dos responsáveis pelo site +BN.