Na noite desta segunda-feira (28/12) um internauta entrou em contato com nossa redação e pediu um espaço para reclamar da grande fumaça que atinge o nosso município. Ele comentou que deu uma volta pela cidade, tirou algumas fotos e mandou um texto para a nossa redação que está reproduzido logo embaixo na íntegra:
Manhã cinzenta
Por Sebastião Mello Neto
Hoje não é quarta-feira de cinzas, mas o dia amanheceu bem acinzentado. Mais uma vez, acordei bem cedo, incomodado com o cheiro desagradável da fumaça que inundou minha casa. Peguei a bicicleta e resolvi dar um giro pela cidade para saber de onde vinha o incômodo fumaceiro. Rodei pelos quatro cantos de nossa bela cidade e fiquei espantado ao constatar que toda ela encontrava-se abafada e ofuscada pela asfixiante e fúnebre fumaça.
Fúnebre, porque é um dos produtos do assassinato de plantas, insetos, animais e microorganismos que compõem o ecossistema local. Infelizmente, algumas pessoas continuam praticando esse crime ambiental, por acreditarem ser uma maneira eficiente de limpar seu terreno e renovar ou criar nova área para pastagem de animais. Entretanto estão muito enganados, pois estudos científicos revelam que as queimadas recorrentes levam a um empobrecimento do solo.
Relembro aos nobres conterrâneos que o acúmulo excessivo de gás carbônico (presente nesta fumaça) na atmosfera é uma das causas do aquecimento global, desse calorão que estamos sentindo. Além do mais, há pessoas, como é o caso de um amigo meu, que têm alergia a fumaça e ficam passando mal, sentindo falta de ar. Mesmo a quem não tem alergia, esta fumaça é prejudicial à saúde.
Pelos argumentos supracitados, peço que todo(a)s ajudem a evitar esse mal. Gostaria que as autoridades responsáveis pela preservação do meio ambiente adotassem medidas para evitar mais essa agressão a nossa mãe natureza. Alô, secretário do meio ambiente, dá essa força! O Planeta agradece, e meus pulmões também.