Os bancários decidiram entrar em greve a partir de terça-feira (6) por prazo inderminado, após assembleias realizadas nesta quinta (1º), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A categoria pede reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66. Na última sexta-feira (25), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste salarial de 5,5%, com piso de R$ 1.321,26 a R$ 2.560,23 (veja mais detalhes sobre as reivindicações e a proposta dos bancos no final da matéria). A proposta foi rejeitada pela categoria nas assembleias desta quinta.
Veja os sindicatos que aprovaram a greve até as 21h30 desta quinta, segundo a Contraf:
ABC (SP)
Acre (AC)
Alagoas (AL)
Alegrete (RS)
Amapá (AP)
Angra dos Reis (RJ)
Apucarana (PR)
Araranguá (SC)
Bahia (BA)
Barretos (SP)
Belo Horizonte (MG)
Blumenau (SC)
Brasília (DF)
Campina Grande (PB)
Campinas (SP)
Campo Grande (MS)
Campo Mourão (PR)
Campos de Goytacazes (RJ)
Carazinho (RS)
Caxias do Sul (RS)
Ceará (CE)
Chapecó (SC)
Cornélio Procópio (PR)
Criciúma (SC)
Curitiba (PR)
Dourados (MS)
Extremo Sul da Bahia (BA)
Feira de Santana (BA)
Florianópolis (SC)
Guarapuava (PR)
Guarulhos (SP)
Ipatinga (MG)
Itabuna (BA)
Itaperuna (RJ)
Jundiaí (SP)
Limeira (SP)
Londrina (PR)
Macaé (RJ)
Maranhão (MA)
Mato Grosso (MT)
Mogi das Cruzes (SP)
Niterói RJ
Nova Friburgo (RJ)
Paraíba (PB)
Pará (PA)
Paranavaí (PR)
Passo Fundo (RS)
Pernambuco (PE)
Petrópolis (RJ)
Piauí (PI)
Piracicaba (SP)
Ponta Grossa (PR)
Porto Alegre (RS)
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte (RN)
Rondônia (RO)
Rondonópolis (MT)
Roraima (RO)
Santa Cruz do Sul (RS)
Santa Maria (RS)
Santa Rosa (RS)
São Paulo (SP)
Taubaté (SP)
Teófilo Otoni (MG)
Teresópolis (RJ)
Toledo (PR)
Três Rios (RJ)
Vale do Paranhana (RS)
Vale do Ribeira (SP)
Videira (SC )
Vitória da Conquista (BA)
Zona da Mata e Sul de Minas (MG)
O que pede a categoria e o que oferecem os bancos
Os bancários querem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A proposta apresentada pela Febraban na última sexta (25), rejeitada em assembleias nesta segunda (1º), oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16). Foram também propostos os seguintes benefícios: Auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.
Greves em 2013 e em 2014
Os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro em 2014. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.
Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.