Um protesto dos alunos da Fundação Educacional Pedro Calmon, paralisou o centro da cidade na manhã desta sexta-feira (04). Por volta das 11hs, os alunos fecharam a Av. Marechal Deodoro da Fonseca, uma das principais , reivindicando a melhora na merenda escolar. De acordo com alguns estudantes, a merenda escolar não foi servida porque as merendeiras estavam em greve.
Segundo os alunos, a merenda se resume a apenas sopa rala ou achocolatado com biscoito. O aluno Rafael contou que além da falta de uma boa merenda como Feijão e verduras, os lanches são sempre os mesmos. “A gente só come sopa ou achocolatado com biscoito. O lanche é o mesmo todos os dias. Já sei de alunos aqui que estão anêmicos pela falta do feijão”, diz o aluno. Nos gritos de protestos, os estudantes pediam atenção do secretário para com a alimentação na escola e diziam estar anêmicos. “Já existe registro aqui de alunos que estão anêmicos pela falta de uma merenda decente. Não adiantam dizer que é mentira porque a gente pode provar. Além disso, a alimentação da escola é importante porque a gente fica aqui o dia inteiro e tem pessoas que não tem condição de comprar lanche e almoçar fora”, reclamou uma das alunas.
Durante a manifestação o Sr. Claudio, Secretário de Educação, juntamente com os funcionários do Setor da Merenda, Prestação de Contas e a direção da Fundação Educacional Pedro Calmon chamou os alunos para ouvir as reivindicações. Durante a conversa, os alunos relataram que não receberam merenda somente nesta sexta-feira (04/09) e não há vários dias como está o comentário na cidade. O Secretário então esclareceu que a falta da merenda foi ocasionada por causa da falta das merendeiras para preparar os alimentos, já que, as mesmas aderiram à paralisação de funcionários que está acontecendo na cidade. Claudio ainda classificou a paralisação como indevida, já que, o ofício enviado pela APLB preconizava o prazo de 72 horas para inicio da paralisação o que aconteceria apenas a partir das 11:20 Hrs dessa manhã.
Os alunos ainda tiveram acesso ao estoque de alimentação escolar, conferiram a relação de alimentos enviados à unidade de ensino em questão e ainda foi explicado aos mesmos como funciona os repasses financeiros por aluno feito pelo Governo Federal e a complementação que acontece por meios de verbas do município.
Nossa equipe agora pela tarde entrou em contato com a Prefeita Alice Britto e pediu informações sobre a paralisação das merendeiras. Alice nos informou que o município tem até o quinto dia útil para fazer o pagamento dos funcionários. Segundo a prefeita, o que está acontecendo é que as pessoas não estão entendendo que, devido à crise e os prazos que as verbas estão chegando, não tem como se pagar antes como querem os funcionários. “Eu estou conversando com todos os setores para explicar a situação. Devido à crise a Prefeitura não está tendo recursos de sobra. Eu queria muito pagar adiantado, mas não estou conseguindo porque Belmonte depende exclusivamente dos repasses que estão chegando reduzidos. Ressalto também que Belmonte não está na ilegalidade pagando no quinto dia útil.” – Comentou a Prefeita.
A diretora da Fundação Educacional Pedro Calmon, Andreia Silva Borges, publicou uma nota em sua página em uma rede social negando que o colégio está sem merenda. Ela confirmou que o preparo dos alimentos foi prejudicado por causa da paralisação, mas negou que a escola está faltando merenda. “Seria leviano de minha parte não compreender o exercício de cidadania dos alunos mas não posso ser irresponsável em afirmar que há carência ou falta de merenda escolar na Fundação. Lamentamos que pessoas desinformadas destilem “seu veneno ” tentando transformar mentiras em verdades maldosas.” – Comentou a diretora.