data Categoria: Notícias |  data Postado por redacao há 10 anos | Imprimir Imprimir
Prefeitos da Costa do Descobrimento se reúnem para discutir crise dos municípios.

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É cada vez mais preocupante a situação das prefeituras baianas, sobretudo as menores. A crise financeira se instalou de vez, devido a diversos fatores que impendem os gestores de investirem mais nas melhorias necessárias e na saúde, principal gargalo hoje das administrações municipais.

Preocupados com a situação, prefeitos da Costa do Descobrimento, no extremo sul da Bahia, buscam saídas junto aos governos estadual e federal, liderados pelo prefeito de Eunpápolis, Neto Gerrieri, presidente do Consórcio Intermunicipal da microrregião, que engloba 8 cidades.

Neto realizou uma reunião extraordinária do Consórcio, na sexta (23), e chamou a imprensa para que a situação chegasse até a mídia com detalhes, como a previsão de queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal receita das cidades menores; os atrasos nos repasses dos recursos estaduais e federais para a saúde; as consequências que isso vem trazendo à população; o que pode acontecer caso a situação piore e o que os gestores pretendem fazer para enfrentar a crise.

Pelos relatos ouvidos dos gestores, os prefeitos se tornaram “meros administradores” de folha de pagamento, já que as prefeituras são as maiores empregadoras na região.

Outra questão tratada na reunião foi a segurança pública, que afeta todas as cidades da Costa do Descobrimento, mas principalmente as cidades atendidas pela 7ª Cia Independente da Polícia Militar, cujo o contingente é insuficiente para atender Eunápolis, Itapebi, Itagimirim, Itabela e Guaratinga.

Além do prefeito de Eunápolis, estavam presentes os prefeitos de Guaratinga, Kenoel Viana; de Itabela, Júnior Dapé e de Belmonte, Alice Maria Britto. O prefeito de Itagimirim, Rogério Andrade, enviou um representante, o secretário municipal de Governo Reinaldo Queiroz. Cláudia Oliveira (Porto Seguro), Jorge Pontes (Cabrália) e Francisco Brito (Itapebi) não participaram, nem enviaram representantes.

Ficou prometido que o Consórcio vai mobilizar a sociedade civil organizada da região para relatar a situação, além de participar mais intensamente dos movimentos municipalistas em andamento, junto a UPB (União dos Municípios da Bahia) e Federação Nacional dos Municípios.