Funcionários do Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, entraram em greve à meia-noite deste domingo (21), em protesto contra o atraso no pagamento do salário de dezembro e da 1ª e 2ª parcelas do 13º. Segundo os servidores, os atrasos vêm ocorrendo desde março.
A paralisação atinge os técnicos de enfermagem, o pessoal da limpeza e da lavandaria. Apenas 30% dos trabalhadores mantêm o serviço, conforme determina a legislação. A greve terá prosseguimento até que o pagamento seja efetuado, informaram os servidores.
O diretor-geral do Hospital Luís Eduardo Magalhães, Aurélio Rocha, explicou que, em função da greve, todas as cirurgias eletivas foram suspensas. No entanto, os setores de urgência e emergência estão funcionando normalmente. Ele destacou que a paralisação não atinge médicos nem enfermeiros, que continuam trabalhando. “O atendimento no hospital não está parado, apenas está com um quadro menor”, observou.
Aurélio Rocha confirmou o atraso no pagamento do salário e do 13º dos funcionários. Ele disse que está aguardando um repasse do Estado, que deve acontecer ainda nesta segunda-feira (22), e a expectativa é que na terça (23) sejam pagos os atrasados, além dos 20% dos vencimentos de janeiro.
Conforme o diretor-geral, houve um desequilíbrio financeiro e, com isso, todos os funcionários vêm recebendo com atrasos, inclusive médicos e enfermeiros.
O assessor de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), Ricardo Bial, disse que não há débitos do governo em relação ao Monte Tabor – empresa que administra o Hospital Luís Eduardo Magalhães. Segundo ele, o repasse relativo ao mês de novembro já foi feito, faltando apenas o mês de dezembro.
Para Bial, os salários não deveriam estar atrasando porque todos os meses a Sesab tem depositado em dia os repasses para o Hospital Luís Eduardo.