Vigilantes e Prefeitura Municipal de Belmonte não entraram em acordo e nesta semana essa verdadeira guerra teve mais um episódio. Estamos falando da manifestação feita pelos vigilantes onde os mesmos saíram pelas ruas pedindo alimentos para a comunidade alegando que a administração municipal cortou os seus salários injustamente e os mesmos não tinham como alimentar suas famílias. No movimento os grevistas conseguiram arrecadar 200 Kg de alimentos e dizem que a população está solidária com eles.
As acusações são muitas dos dois lados. Os grevistas acusam a Prefeitura de descontar dos salários dos trabalhadores um aditivo de 20 horas extras de 50% em 2013 e dizem que várias negociações foram feitas e várias promessas existiram que não deram em nada. Eles ainda falaram à nossa equipe que existe a aprovação de uma lei sobre periculosidade no âmbito nacional que foi aprovada e logo regulamentada pelo município e que a Prefeitura Municipal de Belmonte insiste em não cumprir.
O Sr. Rodrigo Martins, diretor da APLB e um dos líderes do movimento, colocou que diante dos fatos apresentados decidiu-se fazer uma paralisação e depois se efetivou a greve e que a Prefeitura marcou uma reunião depois desmarcou alegando que os vigilantes foram para a Câmara de Vereadores fazer baderna. Rodrigo ainda comentou à nossa equipe que a Prefeitura não quer conversar com o sindicato dizendo que o mesmo não representa os vigilantes e acusa a Prefeitura de querer conversar em separado com os mesmos para poder humilhá-los. O mesmo ainda comentou que a Prefeitura Municipal de Belmonte errou em descontar os salários sem decretar a greve ilegal sendo que o processo legal foi feito para que houvesse o movimento paradista. Rodrigo ainda acusou Administração Municipal de coagir os grevistas dizendo que queria ver como os mesmos iriam se virar com a feira. Rodrigo Martins, dirigente da APLB, informou à nossa equipe que está tomando medidas judiciais para reverter a situação e exigir na justiça que a Prefeitura Municipal de Belmonte pague pelos transtornos causados aos grevistas.
Nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Belmonte que rebateu as acusações dos vigilantes e do Sr. Rodrigo Martins. A Prefeitura diz que os grevistas não querem negociar, e sim, impor uma condição que precisa de estudos para a sua implementação. A Prefeitura diz que cortou os salários dos grevistas porque os mesmos abriram mão de negociar e partiram para uma greve ilegal e abusiva na tentativa de coagir a Administração Municipal a aceitar as suas exigências. A Administração Municipal ainda tentou negociar com os grevistas para que eles elegessem uma comissão para conduzir as negociações sem a participação do Sr. Rodrigo Martins pelo fato de o mesmo estar tumultuando as negociações e colocando os vigilantes contra a Prefeita Alice Maria Britto. A Prefeitura Municipal de Belmonte ainda informou que o número de vigilantes que aderiu a greve é muito pequeno porque a grande maioria não concorda com os rumos que o movimento está tomando.