Este ano foi um pouco diferente, o cortejo conduziu apenas as imagens de Nossa Senhora do Carmo e São Vicente em seus andores, circulou pelas várias ruas da cidade, tendo à frente o Frei Denilson, um novo baluarte no comando da paróquia local, pois vem realizando um trabalho dentro da religiosidade de toda a comunidade, buscando minimizar as diferenças entre as religiões, apontando sempre o caminho da união, esclarecendo que não importa em qual igreja professemos nossa fé, mas sim, busquemos sempre em nossas orações, a comunhão com o Ser Supremo.
Existe entre os católicos uma suposta distinção, na qual N. S. do Carmo é a protetora da elite enquanto que S. Vicente o guardião dos pobres. Mas para quem presenciou, acompanhando o novenário da Santa, percebeu que é inverídica, pois em ambas as procissões, o número de fiéis teve o mesmo quilate, confirmando ter o povo belmontense, um espírito altamente religioso, independente de quem seja o cultuado.
Nos seus louvores, belmontenses e visitantes fazem questão de mostrar ao mundo que a fé é o suporte para o consolo nos momentos mais difíceis em suas vidas, pois em agradecimento pelas bênçãos recebidas, dão-se em sacrifícios dos mais variados modos. Ao final o Frei Denilson agradeceu a todos que contribuíram para a reforma do Asilo São Vicente, e em especial lembrou do saudoso Gomador e de João Lila, duas personalidades que muito contribuíram para nosso município.
Texto: Jornal de Belmonte
Fotos: Silvano Jr.