Nossa Senhora do Monte Carmelo, chegou ao solo belmontense no ano de 1708, período de colonização da região. A imagem foi trazida pela expedição que contava com colonos portugueses, Padres Jesuítas, entre eles é citado o Padre Joseph de Araujo Ferraz que foi o responsável por catequizar os índios botocudos descendentes das tribos manhãs e camacãs.
Com a chegada da santa ao vilarejo, os jesuítas deram início à construção da capela de Nossa Senhora do Carmo à margem do rio Jequitinhonha, sendo concluída em 16 de julho de 1769, data de sua inauguração. A partir desta data é que foram realizadas as primeiras missas em homenagem a santa, rezadas em latim pelo padre alemão Maia. O rito religioso que acontece desde o século XIX, tem duração de nove dias.
Depois do ciclo dos nove dias de missas, é chegado o dia de Nossa Senhora do Carmo. Para os devotos e pessoas que simpatizam com a festa é o momento de maior emoção, no qual a imagem da padroeira sai carregada pelos fiéis em um andor e percorre a cidade numa romaria que celebra a fé em
Maria do Carmelo. Aquele é o momento de reverenciá-la, de agradecer e pedir por meio de preces e cânticos religiosos. Descalços, com velas, escapulários, fitas e terços os devotos se entregam a padroeira numa ação metafísica, aproximando-se do divino, numa conversa que vai além do espaço físico.
Este ano mais uma vez Dom José Edson Santana Oliveira Bispo Diocesano de Eunápolis-BA participou das festividade da festa de Nossa Senhora do Carmo. Agradecemos ao Frei Denilson de Freitas da Silva pelo apoio e cooperação para podermos registrar esta festa tradicional em Belmonte.
(Fonte: Jornal de Belmonte)