Após várias reclamações de alunos e pais de alunos que estudam no Colégio Polivalente de Belmonte, nossa redação esteve na Escola na manhã de ontem (12/06) para verificar a procedência das informações.
A única Escola Estadual do Município, funcionando hoje em dois turnos (matutino e noturno), atendendo aproximadamente 600 alunos nas séries do ensino médio (antigo 2º Grau), nunca passou por uma reforma total em seu prédio desde a construção que foi entre 1971 e 1972.
Com mais de quarenta anos em funcionamento, em alguns períodos em três turnos, o prédio da escola foi se destruindo com a ação do tempo, pelo abandono dos governos estaduais, além do vandalismo de alguns alunos que por pura diversão destroem ainda mais o patrimônio do Estado e do Município, ou seja, seu próprio patrimônio, visto que, assim como seus pais usaram o prédio para estudar, amanhã serão seus filhos e netos também.
Procuramos a nova diretoria do Polivalente, a primeira escolhida pelos votos de alunos, pais e professores, para obter alguns esclarecimentos e fomos recebidos pelo vice-diretor Alexandre Magnavita, que nos informou, que um dos fatores que impossibilitam a fiscalização e a identificação dos alunos que depredam, soltam bombas, em fim, destroem a escola, é a falta de funcionários, como porteiros, vigias e agentes administrativos. “A situação seria bem pior se a Prefeitura Municipal não houvesse cedido alguns funcionários para dar um apoio”, acrescentou Alexandre. “O diretor Carlos Alberto e eu, juntamente com os professores e demais funcionários, estamos criando medidas para conscientizar, identificar e punir administrativamente dentro da lei a minoria que ainda insistem em praticar estes atos.” Concluiu o vice-diretor.
Com tudo isso, a escola vem enfrentando já há alguns anos graves problemas, como goteiras que alagam as salas em dias de chuva, vazamentos e infiltrações por todos os lados, além de problemas elétricos, banheiros danificados, a quadra de esporte e o campo de futebol totalmente abandonados e destruídos.
Segundo o vice-diretor, a pequena verba que o governo enviou no inicio do ano, mal deu pra reformar duas salas, recuperar algumas carteiras e reparar as partes mais críticas do telhado. Alexandre também relatou que somente a verba para a merenda escolar é recebida em dia, e com isso, a merenda é servida todos os dias para os alunos.
Mesmo com todos estes problemas, as aulas continuam acontecendo normalmente, os alunos estão todos uniformizados e o corpo docente empenhado em manter, dentro das condições, o cronograma letivo previsto para este ano.
Agora é preciso que o Governo Estadual tome uma iniciativa, para tentar sanar, ou ao menos amenizar ao máximo os problemas enfrentados pela escola, para que os alunos possam ter um ambiente digno e agradável para estudar.