data Categoria: Colunas |  data Postado por Anildo há 14 anos | Imprimir Imprimir
“A MAFA”

Existem personalidades que por mais que a psicologia tente explicar o comportamento e emoções do homem, não consegue desvendar os mistérios humanos com suas neuras e complexos que fazem parte de seu ego. Não importa se o homem é parte de uma sociedade simples ou complexa; o ser humano é sempre envolvido por uma força cultural que exige dele um “eu” padrão, sem desvios comportamentais. Isto nos permite compreender as pessoas e respeitá-las em nosso convívio.
A nossa personagem, homem simples, nascido na zona rural, começou a trabalhar cedo, para ajudar a família, como ajudante de caminhoneiro. Aprendeu a dirigir e interpretar os sinais de trânsito num esforço autodidata por ser analfabeto. Assim, Elias, transportou por este país afora, mercadorias, madeiras, pessoas doentes, defuntos, como motorista zeloso e dedicado à profissão, sem jamais ter se envolvido em acidentes graves. Todavia, o cuidadoso Elias quando se depara com a “maldita cerveja”, assume a personalidade de “Amafa” – corruptela de A Máfia – , esquece os princípios polidos, torna-se escrachado, indecoroso, perde a noção do certo e do errado e torna-se “persona non grata” nas rodas de amigos. E outra pessoa para quem não o conhece.
“Mosquito da Dengue”, “Otaro”, “Zoio de Pipoca” são expressões de seu uno pessoal, quando assume az personalidade “amafiana”, para saudar a todos que por ele cruzam. Canta, dança, requebra e gesticula para satisfazer a sua necessidade de ser notado, durante o seu estado etílico. Nem todos entendem esses desvios de sua personalidade durante o consumo de bebidas alcoólicas e o rechaçam, às vezes com violência, esquecendo-se do Elias sóbrio, prestimoso, tolerante, pai e esposo dedicado. Filósofo em sua vida simples, critica as pessoas que vivem a contar vantagens e bravatear, com uma máxima de sua autoria: “É dor de barriga pura e na hora Nádia”.