É uma doença viral aguda do trato respiratório, transmitida através de secreções nasofaríngeas. Caracteriza-se por inicio súbito com febre associada a calafrios, dor de garganta, cefaléia, mal estar, dores musculares e tosse. O seu agente etiológico é Myxovírus influenzae (orthomyxoviridae) que possui grande potencial epidêmico com expressiva morbimortalidade. A influenza apresenta-se com um dos maiores desafios para Saúde Pública em função da sua gravidade e potencial de disseminação o que pode provocar pandemias em curto período de tempo.
Por estas características torna-se imperiosa a necessidade de políticas efetivas de prevenção e controle. Desde 2003 a Organização Mundial de Saúde, vem registrando a ocorrência de casos de influenza ocasionados por vírus aviário na Ásia e África. Em 24/04/09 a OMS deu um alerta a todos os países da ocorrência de casos de Influenza, cujo agente etiológico é o vírus A H1N1 proveniente de suínos possivelmente uma mutação do vírus Influenza Aviária.
Orienta-se que todos os pacientes com Síndrome Gripal ou Pneumonia sejam investigados quanto à possibilidade de viagem recente ou contato com pessoas oriundas do México, bem como demais países com casos confirmados e óbitos decorrentes do vírus. A investigação deve ser imediata ao conhecimento do caso, visto que a influenza tem progressão abrupta. O Ministério da Saúde informa que não há evidência da circulação do vírus da Influenza Suína no Brasil, nem em humanos e nem animais. O país conta com uma rede de vigilância para monitorar a circulação das cepas de vírus respiratórios, além da preparação para o enfrentamento de uma possível pandemia de influenza. O país conta com 19 Centros de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde em atividade para apoiar os serviços de vigilância em saúde e unidades de atenção no enfretamento de emergências em saúde pública.
As vacinas atualmente disponíveis não oferecem proteção contra a infecção deste vírus, portanto até o momento, não há indicação de uso da vacina contra influenza como medida de prevenção e controle para esse evento. Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o governo americano. Balanço divulgado pela OMS nesta quarta-feira informa que já há 1.893 doentes de gripe suína, em 23 países. O número cresceu 27% em relação a esta terça-feira (5), quando havia 1.490 casos confirmados. O nível de alerta da OMS para a gripe suína permanece em 5, em escala que vai de 1 a 6. O último grau indica pandemia (epidemia de vasto alcance, talvez global). Outros países com casos confirmados da doença são Canadá (165), Espanha (73), Reino Unido (28), Alemanha (9), Nova Zelândia (6), Itália (5), Israel (4), França (5), El Salvador (2), Coréia do Sul (2), Áustria (1), China –área de Hong Kong– (1), Colômbia (1), Costa Rica (1), Dinamarca (1), Guatemala (1), Irlanda (1), Holanda (1), Portugal (1), Suécia (1) e Suíça (1). Em comunicado, a OMS reitera que eventuais restrições de viagens são desnecessárias, mas que quem apresenta sintomas da doença deve adiá-las; e que o consumo de carne de porco cozida não traz riscos de infecção.